quarta-feira, março 08, 2006

Saída, pela direita



E agora vamos em frente, ora pois.

Se alguém ainda não recebeu as novidades, o fato é que nas últimas semanas rompi os grilhões que me uniam ao malévolo capital internacional. Curto agora meus dias de desocupação e contribuo para engordar as estatísticas de desemprego da república lulesca. Apesar da situação não ser remunerada, isso deve ser o que chamam de liberdade. Vamos ver até quando aguento sem procurar amarrar meu burrinho de novo em alguma senzala por aí.

Não se assustem, a coisa foi rápida mas até certo ponto planejada. O saco já estava cheio, e minha vontade de sair já era clara. Um velho e bom deus ex machina veio então juntar a fome com a vontade de comer. A empresa abriu um programa de incentivo a demissões e o pacotinho oferecido foi suficiente para liquidar minhas dívidas com os amigos, o cheque especial, as prestações dos crediários e outras pendências. Já gastei tudo, mas agora estou zerado e dá para ir levando.

A velocidade de todo o processo (da possibilidade à decisão, e depois da ação ao fato consumado), no entanto, foi de assustar um pouco. Sinto agora a poeira baixando, e sinto também que vem chegando o momento daquele velho confronto solitário, o temível eu comigo mesmo. Muitas possibilidades podem significar nenhuma possibilidade mas, enfim, vou mentalizar o bom filósofo Fernando Vanucci e tentar evitar o medo de ser feliz. Relaxemo-nos, pois.

Lembro a todos que desempregado também significa aberto a propostas indecentes. Projetos, convites e sugestões indecorosas devem ser enviadas à tradicional caixa-postal de sempre. Minhas mãos começam a querer ser postas à obra.

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa sorte, meu velho! E vamos ao mexicano neste findi?

Anônimo disse...

É isso aí, Drex. Relax, beibe. E não tenha medo de você consigo mesmo. haha! Eu garanto que você é uma boa companhia. :) Precisando de falar mais sobre isso, estou aqui. E me manda seu currículo. É sério! Quem sabe?

Beijão.