segunda-feira, abril 03, 2006

Este cara é uma piada




"A única coisa que não gostei é que ele apitava e olhava para mim. Fez isso várias vezes. Eu não sou veado. Não sei se ele gosta."


Taí o exemplo de um sujeito que, por mais títulos que conquiste ou ternos caros que vista, nunca vou deixar de considerar um baita jeca-tatu. Podem vir com os números que quiserem, podem falar que ele é "mal-caráter mas é vencedor" (uma nova versão futebolística do rouba-mas-faz, talvez?). Eu não me convenço. O indivíduo só dá certo aqui, nestes nossos campeonatozinhos mequetrefes, onde só sobra o refugo dos talentos do futebol mundial. Sempre que a auto-estima exacerbada o fez dar passos mais ambiciosos, entrou pelo cano (seleção brasileira, Real Madrid). Porque nunca vai possuir a classe profissional de um Felipe Scolari ou Carlos Alberto Parreira. Porque hoje, para ser técnico de futebol é preciso muito mais que ser um bom boleiro de várzea, muito mais que saber fazer boas alterações no intervalo ou dar pretensos "nós táticos" no adversário. É preciso ser profissional, é preciso saber lidar com toda a complexidade, esportiva e organizacional, que caracteriza o futebol atual. O indivíduo nem mesmo consegue ser controverso com classe, como faz o Émerson Leão. Não, é sempre de uma cafajestagem grosseira e chinfrim. Quem tem um olho vira mesmo rei em terra de cego. Não podia ser outro o ídolo da nossa imprensa esportiva provinciana.

Mas, enfim, tudo isso é só a minha modestíssima opinião.

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