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terça-feira, outubro 03, 2006
E o fatalismo ruiu
Contrariando a expectativa geral da opinião publicada no país, eis aí o segundo-turno. Picolé-de-chuchu surpreendeu a todos. Nada de final da história, a discussão vai mais adiante. Mais um mês de prazo para vermos se essas eleições, enfim, pegam algum fogo, geram alguma discussão decente. Lulinha deve descer de seu pedestal, perder a ambição de canonização, rever seus conceitos. Quem sabe. Saldo final (por enquanto) positivo para o país.
Particularmente, sem agora nenhum Cristovam Buarque para votar, fico na amargura de decidir meu novo voto. Devo anular, provavelmente. Me confesso covarde demais para escolher entre a Turma de São Bernardo e a República de Pindamonhangaba.
De resto, se fica na procura de números e nomes que dêem algum alento à evolução da civilização por estas bandas tupiniquins. A alegria pela deposição da dinastia Carlista na Bahia é ofuscada pela lista de deputados federais eleitos em São Paulo. Maluf, Russomano, Clodovil, Enéas, Frank Aguiar, mensaleiros em geral. Eis a medida do voto consciente no vulgo estado mais desenvolvido da federação.
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