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sexta-feira, agosto 11, 2006
Quem quer dinheiro?
Sim, eu devo ser um obsessivo-compulsivo. Tenho todo o acompanhamento da minha conta-corrente, numa planilhinha bacana no Excel, desde que comecei a ganhar minhas próprias patacas lá pelos idos de 1997.
Devo ser igual aquela senhora que foi descoberta guardando em casa toneladas de lixo. Ao invés de lixo, guardo esses dados. Esta noite, por exemplo, passei um bom tempo fazendo uma pequena revisão histórica. Olho para minhas despesas de 8 anos atrás, relembro de meus salários, revejo quanto ganhei e onde gastei, e sinto uma tremenda melancolia a partir de todos esses números.
É claro que não são os números. É minha pequena história. Mas o lixo daquela senhora espanhola também era, ao menos para ela, a sua pequena história. Sem dúvida, me diagnostico irremediavelmente como um maldito melancólico-saudosista-obsessivo-compulsivo.
A parte de tudo isso, o que me deixou deveras encafifado na revisão histórica desta noite foi verificar que, lá no meus longínquos tempos de recém-contratado, em 1997, havia mais dinheiro em minha conta-corrente que nos dias de hoje. Muito mais dinheiro. Há mais de oito anos atrás.
Apesar das justificativas óbvias (aumento dos custos-fixos, apartamento, morar sozinho, etc.) o fato por si só encerra um fracasso em qualquer plano de sucesso financeiro nesses primeiros anos de vida profissional.
Conclusão fácil e absolutamente pessoal: se meu objetivo até aqui foi $$$, o caminho está errado. Se meu objetivo até aqui não foi $$$, o caminho está completamente errado.
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