sexta-feira, abril 28, 2006

Red Bull



Depois de quase uma semana gripado, muito bom ouvir isso pra reenergizar.

Aliás, mais uns dias e já faz dois anos.

quarta-feira, abril 26, 2006

Administração do lar



Mission accomplished: declaração do imposto de renda entregue nesta tarde. E ainda superei um vício: nos últimos 4 anos sempre deixava o envio para as adrenalizantes e concorridas últimas horas.

Amanhã é dia de mais emoção: enfrentarei duas centrais de telemarketing. Uma operadora de cartão de crédito será obrigada a me livrar de sua anuidade exorbitante. E um certo jornaleco, cuja assinatura cancelei meses atrás, vai ter que me reembolsar as parcelas que continua me surrupiando indevidamente. Maldito débito automático. Evitem, evitem.

Tem também umas lâmpadas para trocar. E, tendo já virado o dia do cartão, é hora de voltar ao supermercado.

Eu sei, vocês não tem nada a ver com isso. Mas enfim.

terça-feira, abril 18, 2006

Cotidiano & Repulsa ao Sexo



Gosto de ler o caderno de notícias locais dos jornais. Na Folha, acho que se chama Cotidiano. No Estadão, que leio aqui na casa da mamãe, se chamava Cidades e agora, acho que cresceu, se chama Metrópole. É sempre uma experiência de sensações contrárias. Por um lado, ali estão as matérias mais prosaicas, os acontecimentos mais cotidianos, as curiosidades mais singelas. Por outro, é também ali que se estampam todos os crimes e tragédias privadas que aconteceram no dia anterior.

É claro que, seja a curiosidade prosaica ou o crime cruel, o destaque especial vai sempre para a notícia com os detalhes mais inusitados, curiosos e particulares. Isso é jornalismo, afinal. Como diria Evelyn Waugh, "se um cão morde um homem, isso não é nada. Se um homem morde um cão, isso é notícia". Elementar, meu caro. Mas não importa. Por mais bizarros os acontecimentos, por mais "ponto-fora-da-curva" que sejam os crimes ali retratados, o caderno local sempre tem um gosto maior de realidade, de proximidade, do que as páginas de política ou qualquer notícia sobre os atentados em Israel ou as eleições na Croácia.

***

Tudo isso para dizer que hoje pela manhã eu havia me espantado com uma notícia lida no caderno Metrópole do Estadão. Entre um bebê jogado da ponte e outro asfixiado no carrinho, foi esta matéria em especial que conseguiu me chamar a atenção. Nem ia comentar por aqui, mas acabei de ler um post do Parada sobre. Vamos lá então.

Parece que uma garota de Marília teve fotos suas, transando com dois homens, publicadas no Orkut. Parece também que afixaram as tais fotos nas paredes do seu colégio. E que, durante a manhã, o diretor da escola foi obrigado a chamar a polícia pois os alunos do colégio, exaltados e indignados, ameaçavam invadir a sala de aula para acertar as contas. Com a menina fotografada. Tiveram que escoltá-la até em casa.

Como disse o Parada, quando eu li a matéria me ficou a sensação de algum erro de edição, de ter faltado algum parágrafo. Mas acho que foi esse mesmo o acontecido.

Soa como filme colegial americano, onde, em geral, a fotografada geralmente é aquela vilãzinha entojada que finalmente foi desmascarada. Na vida real, no entanto, a coisa fica muito, mas muito mais triste do que isso.

segunda-feira, abril 10, 2006

Allons enfants






PARIS, 10 abril (AFP) - O governo francês decidiu, nesta segunda-feira, retirar o Contrato de Primeiro Emprego (CPE) e substituí-lo por outro mecanismo trabalhista destinado aos jovens em uma tentativa de colocar um ponto final na onda de protestos e greves que levaram o país a uma crise política.

"Não existiam as condições necessárias de confiança e de serenidade, nem entre os jovens, nem por parte das empresas para permitir a aplicação do CPE", declarou Villepin em breve declaração pública.


Talvez um pouco de ação ainda possa fazer sentido.

Agulhadas no Geraldo






A Veja tratou com escândalo os investimentos da Telemar na empresa de videogames do filho do presidente.

Vamos ver como isso será tratado. Nova Corja comenta.






Banksy. Gênio.

Via Douglas Kim

quarta-feira, abril 05, 2006

Livros




Memórias de Brideshead, de Evelyn Waugh

Era ainda começo de Janeiro quando terminei a leitura. A pegada do livro foi forte, e ele ficou em digestão, incomodando meu estômago, por algumas semanas. Quando sentei para escrever alguma coisa, sairam umas oito páginas de pensamentos desconexos. Burilei mais um pouco, cortei aqui e ali, mas o texto ainda ficou grande. No final, até achei o resultado bom, mas é frustrante desejar transmitir uma idéia com objetividade e fracassar inegavelmente.

Apesar do tamanho, o Marcelo Costa topou mesmo assim publicar o textão no S&Y. Tinha esquecido de linkar aqui. Para quem se interessar por Evelyn Waugh (e eu torço para que voce se interesse), talvez valha a pena. Mas tome fôlego, eu avisei.

segunda-feira, abril 03, 2006

Este cara é uma piada




"A única coisa que não gostei é que ele apitava e olhava para mim. Fez isso várias vezes. Eu não sou veado. Não sei se ele gosta."


Taí o exemplo de um sujeito que, por mais títulos que conquiste ou ternos caros que vista, nunca vou deixar de considerar um baita jeca-tatu. Podem vir com os números que quiserem, podem falar que ele é "mal-caráter mas é vencedor" (uma nova versão futebolística do rouba-mas-faz, talvez?). Eu não me convenço. O indivíduo só dá certo aqui, nestes nossos campeonatozinhos mequetrefes, onde só sobra o refugo dos talentos do futebol mundial. Sempre que a auto-estima exacerbada o fez dar passos mais ambiciosos, entrou pelo cano (seleção brasileira, Real Madrid). Porque nunca vai possuir a classe profissional de um Felipe Scolari ou Carlos Alberto Parreira. Porque hoje, para ser técnico de futebol é preciso muito mais que ser um bom boleiro de várzea, muito mais que saber fazer boas alterações no intervalo ou dar pretensos "nós táticos" no adversário. É preciso ser profissional, é preciso saber lidar com toda a complexidade, esportiva e organizacional, que caracteriza o futebol atual. O indivíduo nem mesmo consegue ser controverso com classe, como faz o Émerson Leão. Não, é sempre de uma cafajestagem grosseira e chinfrim. Quem tem um olho vira mesmo rei em terra de cego. Não podia ser outro o ídolo da nossa imprensa esportiva provinciana.

Mas, enfim, tudo isso é só a minha modestíssima opinião.