terça-feira, março 14, 2006

Bienal



Não ia numa Bienal do Livro desde os tempos de escola. Estar lá numa tarde de segunda-feira e ter a experiência de ser atropelado por centenas de pirralhos ensandecidos, perseguidos desesperadamente por suas professorinhas ginasiais, no mínimo me despertou um bocado de saudosismo.

A coisa é demasiado grande, é verdade. Vale a pena somente para aqueles que curtem entrar numa livraria, gastar horas caminhando entre as estantes para, enfim, não levar nada. Se você tiver qualquer outro objetivo provavelmente há alternativas melhores.

Companhia das Letras, Record, Rocco, as editoras grandes estão todas lá, muito bem instaladas e representadas por atendentes lindas e cheias de gentileza. Mas os preços continuam os mesmos, proibitivos. Depois que se acostuma com os sebos, fica difícil desembolsar 60 reais num volume, por mais que a capa brilhante e as folhas cheirozinhas fiquem sedutoramente susurrando para você.

Compras, somente num lance de oportunidade. Foi o que encontrei na Editora Francis, a única que teve a boa vontade de cortar os preços em 50%. Fica a dica. A editora tem títulos de João Gilberto Noll, Isaac Bashevis Singer, Michael Moore, Ricardo Freire, Moacir Japiassu e, é claro, Paulo Francis. Fiquei com este último e fiz um pacotinho com três títulos – Cabeça de Papel, Cabeça de Negro e Trinta Anos Esta Noite – por 45 reais.

Só para lembrar quem estiver a fim – a Bienal vai até domingo, dia 19, no Pavilhão do Anhembi. Das estações de metrô Tietê e Barra-Funda saem ônibus gratuitos a cada 5 minutos.

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