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quinta-feira, abril 28, 2005
Poucos e disputados
A banda de brit-pop-dark-punk-rock-andrógino Placebo tocou ontem em São Paulo. Tenho certeza que iria me divertir bastante, mas não fui ao show. Há duas semanas tentei comprar ingressos na FNAC e bati com a cara na janelinha da bilheteria: lotação esgotada. Malditos indies, compraram tudo com antecipação monstro.
Isso faz refletir sobre a agenda minguada de shows internacionais no Brasil. Algo não bate nessa estória. Se uma banda de público sectário vem ao Brasil para fazer 8 apresentações e consegue esgotar bilheterias, percebe-se que o fato de não termos mais atrações por aqui não é um problema de público. Afinal, o que se vê é um público com demanda reprimida bancando os custos ainda altos dos ingressos dolarizados.
Alguma outra coisa deve comprometer. Falta de iniciativa, tomada de risco, profissionalização. Será que é só mesmo possível bancar estes eventos com o patrocínio de telefônicas ou cervejarias? O Curitiba Pop Festival, ano passado, pareceu mostrar que outras fórmulas são possíveis. Em junho próximo, teremos shows-solos do White Stripes, que volta com a segurança gerada pelo sucesso do show carioca de 2003. Mas eram necessários muito mais destes exemplos.
Fico só nas conjecturas. Gostaria mesmo era de ouvir uma experiência mais pragmática sobre isso. Promotores de eventos, pronunciem-se.
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2 comentários:
Voltou com blog e nem dá um toque?
caralho, não tem assinatura no comment...
o outro comment também é meu
Gravz
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