sábado, dezembro 13, 2003



Jogo Aberto

Dizem por aí que estes nossos tempos pós-modernos são marcados pelo subjetivismo. Jogos de palavras, manipulação dos símbolos, o poder dos discursos, a supervalorização do meio sobre a mensagem, da "atitude" sobre o conteúdo. Aquela estória de "imagem é tudo, sede é nada" que a propaganda, veículo máximo desta era, conseguiu subverter, inverter, e usar a seu favor.

Mas, convenhamos, a parte de tudo isso, chega uma hora em que os fatos falam por si. Concretos, claros e irrefutáveis. Afinal, o tempo é o senhor da razão. Bem, às vezes, pelo menos.

Em época de reconstrução do Iraque, os Estados Unidos da América proibiram a participação das empresas dos países não-beligerantes no processo. Somente empresas dos países que enviaram tropas ao país poderão participar das atrativas licitações para a execução das futuras obras. França, Alemanha e Canadá, os países ricos que não apoiaram a guerra, já começaram a choradeira. Dentre os pobres, o Brasil também está lamentando a perda da boquinha.

A decisão dos EUA é extremamente coerente. Talvez a mais coerente já tomada em todo o periodo pós-tomada de Bagdá. E de uma sinceridade tocante, até.

Admite-se, finalmente, todo o realismo definidor da postura norte-americana. Ora, estamos aqui para competir, my friends - amigos, amigos, negócios à parte. E nada mais justo que as riquezas da nação ocupada fiquem nas mãos da nação conquistadora. É a lei do mais forte, a norma vigente nas relações internacionais destes dias. Viemos, vimos e vencemos. Bem, não vencemos tanto ainda, mas já dá para lucrar um pouquinho.

(...)

Texto completo lá no Imprensa Marrom!

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