quinta-feira, dezembro 18, 2003



Neste Natal, presenteie com produto nacional




"Dois a Rodar" - Ludov

Pena que o CD tem só 6 músicas. Se o álbum fosse completo, e tivesse 12 músicas, o Ludov teria lançado o melhor disco nacional do ano passado. E olha que eu sou fã dos Loser Manos e adorei o último disco do Skank. Em compensação, "Dois a Rodar" tem preço pela metade e vale cada centavo investido.

O Ludov é a continuação do Maybees, a banda alternativa paulistana mais badalada na última virada de século. Agora eles cantam em português, sem vergonha nenhuma das ótimas letras, e ainda continuam com o vocal feminino sensacional da Vanessa Krongold sobre as melodias lindas e a base rock de primeira.

Confesso que tenho uma ligação sentimental com a banda. Até prometo que ainda vou escrever um texto maior sobre ela. Mas a dica de compra é sincera e garantida, pode acreditar.




"Nada pode parar os..." - Autoramas

Punk-surf-rock-super-power-trio, com guitarra, bateria, e, pausa para os suspiros, a baixista mais sexy e insana que já existiu. Vi um show dos Autoramas este ano e me apaixonei. Pela banda, ok Má?

Só uma advertência: depois de ouvir este CD leva-se cinco dias para tirar as músicas (e a baixista...) da cabeça. Som energético, simples e divertidíssimo. Delícia (as músicas...).


Eu li e recomendo. Leia também.

"O Cabotino"- Paulo Polzonoff Jr.

Paulo Polzonoff, o temido, nunca esteve tão divertido. Se você chegou um dia a pensar em escrever seriamente, o menino te joga toda a tua mediocridade na cara e ainda te faz morrer de rir disso.

Auto-consciência nunca é demais, afinal. E, se for pra fazer, que se faça direito. Com leveza e ironia dissimulada, "O cabotino" detona a tua inocência literária. Você nunca mais vai ler Patricia Mello incólume novamente.


Eu li e recomendo. Leia também.

"Vida Nova" - Cláudio Lampert

É até covardia falar de um livro que eu já tinha lido quase pela metade antes mesmo de comprá-lo. Mas valeu a pena ter as crônicas do Chefe do Epinion reunidas na estante e poder relê-las quando bem entender.

O Lampert tem tudo que você poderia querer num cronista e tem achado tão difícil de encontrar nos nossos contemporâneos períodicos - sensibilidade, visão aguçada, lirismo bem dosado, acidez sempre que necessário. Erudição ne medida certa, conteúdo e espiríto crítico.

Agora eu faço isso - quando abro o Caderno 2 do Estadão e chego na página do Jabor, do Ubaldo ou do Mário Prata, apenas mantenho a calma, fecho o jornal, e vou pegar o Vida Nova pra reler. Um homem deve poder escolher, ora bolas.

***

Já estava enfurrajado nas minhas resenhas. Agora me sinto melhor. Ah, mas é sério: comprem, comprem, comprem!

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