É muito fácil, portanto, como fizeram durante esta semana o agora ex-presidente Sanchez de Lozada, a OEA e os EUA, alardear que a revolta popular em curso na Bolívia "põe em perigo a ordem constitucional" e é "uma conspiração para substituir a democracia por uma ditadura sindical". É muito fácil acusar que os líderes camponeses e indígenas Evo Morales e Felipe Quíspe são responsáveis por um "projeto subversivo" para instaurar uma ditadura.
Tudo muito parecido aos acontecimentos deste último mês, lá pelos idos dias de setembro de 2003 uma outra onda de protestos corria então a Bolívia. Daquela vez, consolidou-se o jornalista Carlos Mesa no poder. Desta, menos de dois anos depois, Carlos Mesa já caiu e o futuro ainda está em aberto.
Naquela oportunidade, publiquei um texto sobre a crise na Nova-e e no Imprensa Marrom. Como, quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas, segue o link para a coluna, se alguém estiver interessado. Se a situação mudou, foi muito pouco. Minhas opiniões continuam as mesmas.
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