Mensagens furtivas. Idéias desconexas. Notícias ao léu. Opiniões duvidosas. Visões de Pasárgada
sábado, janeiro 21, 2006
Melhores 2005
Tinha me esquecido de comentar. O Scream&Yell publicou já na segunda-feira a sua lista dos melhores de 2005. Foram 92 votantes em 11 categorias. Meus votos estão aqui.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
No Cinema
Cinema, Aspirinas e Urubus (2005)
Devido à correria do final de ano, demorei bastante para ver “Cinema, Aspirinas e Urubus”. Felizmente o filme caiu na graças da crítica e do público, permaneceu em cartaz, e acabei conseguindo me recuperar desta falta ainda pouco antes do reveillon. Mesmo com atraso, acredito que ainda vale a pena escrever sobre ele. De fato, é o melhor filme nacional de 2005.
Esta minha opinião não despreza, de maneira nenhuma, a qualidade também já tão comentada de “Cidade Baixa”, o outro longa que tem encabeçado as listas de melhores brasileiros do ano. “Cidade Baixa” é todo energia, libido à flor da pele transpirando em forma de sexo e pancadaria. Merece a salva de palmas, portanto. “Cinema, Aspirinas e Urubus”, no entanto, oferece o original e a novidade que há tempos não se viam nas películas nacionais.
Leia o texto completo no Scream&Yell.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Livros
The Unabridged Pocket Book of Lightining,
de Jonathan Safran Foer
Este pocket book da Penguin me serviu de amostra quase-grátis para conhecer o novo hype da literatura americana, Jonathan Safran Foer.
O livrinho contém um conto/ensaio curto do autor, publicado na revista New Yorker em 2003, e mais os três primeiros capítulos de seu segundo livro, o já lançado Extremely Loud & Incredibly Close. O texto de Foer, apesar de alguns lances de experimentação, é no geral bastante coloquial, o que faz a leitura em inglês não ser assim tão difícil.
Foer fez sucesso na América com seu livro de estréia, já lançado no Brasil pela Rocco. Tudo se Ilumina, aliás, foi adaptado para o cinema no ano passado. Dizem que o filme é bom também, mas queria ler o livro primeiro. Afinal, a amostra deixou um gostinho de quero-mais.
Alguém tem pra emprestar? Estou meio sem grana, sabem como é.
segunda-feira, janeiro 16, 2006
U2
Hoje cedo, com o sol das doze a pino, saí do escritório munido de minha carteirinha de estudante e disposto a pagar 100 reais para ver o show que tinha perdido sete anos atrás.
Uma hora e meia depois estava de volta, um tanto chamuscado pelo clima ameno da terra da garoa e, é claro, de mãos abanando. Ganhei uma camisa molhada (ninguém merece entrar num carro sem ar-condicionado num meio-dia de janeiro) e perdi um pouco mais da minha inocência. Era óbvio que não se poderia esperar nada minimamente civilizado, bobinho.
Sem rancor, espero só que o papai Abílio de uns tapas na bundinha do querido JP. Só pode ter sido ele que, pra antender ao amiguinho de balada Acioly, meteu o Pão de Açucar nessa roubada.
Abrir o jogo
O bonito da pluralidade é que mesmo quando cada elemento está redondamente enganado, algo cada vez menos raro de acontecer, o resultado final do sistema tende a um equilíbrio minimamente coerente. Muitos diriam equilíbrio medíocre, mas, enfim, o caso aqui não é essa discussão.
O caso é que consegui ficar feliz com as capas das revistas semanais deste último domingo. Enquanto a Veja continua batendo no Duda e nos esquemas do governo, a Carta Capital mostrou o outro lado da polêmica do Gil X Caetano quanto aos incentivos ao cinema nacional. A imprensa tradicional (principalmente a Folha) vem se alinhando na fronteira anti-Ministério da Cultura, como se o caso fosse proteger a figura quixotesca do frágil Ferreira Gullar contra os ataques ditatoriais do governo. Por trás de tudo, é claro, os interesses dos suspeitos usais de sempre. E nem a ex-senhora Veloso nem o Barretão devem ser vistos como Davis contra Golias nessa estória toda.
A Carta Capital oferecer o "outro lado", no entanto, não é nenhuma novidade. Surpreso mesmo eu fiquei quando vi a capa da global Época. Mexeu num vespeiro e tanto. E, sobretudo, depois de tantas páginas da Veja dedicadas à harmoniosa família Alckmim, enfim algo que se deve deixar muito bem claro quanto ao perfil do nosso atualmente queridíssimo ex-insosso governador.
Me faço de inocente e peço algumas cartas na mesa, por favor.
domingo, janeiro 15, 2006
No DVD
Mestre dos Mares (2003)
Minha garota tem uma certa aversão pelo Russel Crowe. Não sei explicar o porquê e também nunca tentei buscar muitas respostas. Talvez ele a faça recordar algum trauma amoroso do passado, e essas coisas melhor não saber. O fato é que, devido a esta antipatia, este namorado complacente que vos fala acumulou duas importantes falhas no seu curriculum cinéfilo - Uma Mente Brilhante, filme vencedor do Oscar 2002, e Mestre dos Mares, indicado a melhor filme em 2004.
Pelo menos quanto a "Mestre dos Mares", confesso que não havia insistido muito para vê-lo. Na época do lançamento me pareceu um daqueles filmes históricos de loguíssima duração, ainda por cima passado todinho dentro de um navio, e as poucas cenas que vi me deram a sensação de algo modorrento, arrastado e escuro.
Aluguei o dvd na semana passada (a intenção era assistir sozinho, mas minha garota dignou-se a suportar o Russel Crowe) e percebi que minhas primeiras impressões estavam completamente erradas. "Mestre dos Mares" é leve, ágil e tremendamente agradável de se ver. É claro, trata-se de um filme de época, uma história de guerra, mas que não exige nenhum compromisso mais pesado para ser visto. Belas cenas de batalhas marítimas entremeadas por um sotaque britânico charmoso com toques de ironia e inteligência. A grande graça se deve, principalmente, ao embate interessante entre as escolhas do capitão Russell Crowe e as idéias do médico e pesquisador Paul Betanny - um sub-Almirante Nelson e um sub-Charles Darwin, amigos e colegas de embarcação, duelando nos mares do sul.
Enfim, nada genial ou com muita profundidade, apenas uma boa diversão com algum verniz cultural. Valeu a pena insistir com o Russell. Injustamente repudiado, afinal é um sujeito de talento.
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Querências
Determinação de ano novo: escrever, nem que seja uma notinha sequer, sobre cada filme visto e cada livro lido em 2006.
quarta-feira, janeiro 11, 2006
Almodóvar
O Marcelo fez ontem um comentário no seu blog sobre os primorosos 10 minutos iniciais de Carne Trêmula. Assino embaixo. Ainda é meu filme predileto do espanholzito alegre.
Aliás, tem filme novo dele pra sair até o meio do ano.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
No Cinema
A Passagem (Stay)
Mais um filme sobre a vida, a morte e outros estados, digamos assim, mais etéreos. Tem sido uma obsessão hollywoodiana, mas este aqui é surpreendentemente interessante. E tem Naomi Watts, perturbadora e bela mais uma vez.
Depois de uma longa estiagem, mais um texto meu lá no Scream&Yell. Pulem lá e leiam ele todinho.
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