quarta-feira, novembro 14, 2012

Os dez mandamentos de Plínio Marcos


Por onde andará Plínio Marcos?

Plínio Marcos, calaboca, já morreu. Caio Fernando Abreu também mas, ao contrário dele, nunca vejo Plínio no Facebook.

Nos meus idos vinte anos, tempo em que a gente costuma ser mais gauche na vida, eu tinha uma certa fascinação pelo Maio de 68. Também pendurei no mural do quarto um recorte de jornal com os "Dez Mandamentos de Plínio Marcos".

Lembrei deles ontem, com o carinho da nostalgia. E, apesar de toda enunciação de um "credo", em si, ser um pouco constrangedora, eles ainda fazem pensar. Daqui a pouco, quem sabe, vão parar no "Face".

  1. Onde houver autoridade, não pode haver criatividade.
  2. A arte é uma magia; a gente aprende, mas ninguém ensina.
  3. Qualquer método logo vira um sistema burocrático.
  4. As grandes sabedorias - a poesia, a magia e a arte - não podem habitar corações medrosos.
  5. Tudo se consegue com esforço; não se chega a lugar nenhum sem caminhar.
  6. A arte, de um modo geral, só faz sentido como tribuna livre, onde se possa discutir até as últimas consequências os problemas do homem.
  7. A cultura nas mãos dos poderosos constrange mais que as armas, por isso a arte e o ensino oficiais são sempre sufocantes.
  8. Para poder ver, é preciso esquecer a religião, a educação e a ideologia.
  9. Cuidado com o papo dos velhos; geralmente o que dizem é para justificar a vida miserável que viveram.
  10. Não se prenda a nada. Esses ensinamentos eu escutei pelas trilhas dos saltimbancos em mais de quarenta anos de andanças. Têm me valido.


Um comentário:

lilla disse...

Acho que ele está a salvo do FB. hahahahahaha
Que bom!