A ex-modelo Betty Lago falava sobre o impacto que foi desembarcar pela primeira vez na cidade de Nova York, em 1976, quando, de repente, ouve-se no estúdio: “Nhééééééé!”. Sim, parecia um bezerro desmamado chorando – onde, como, por quê? –, mas era só Luana Piovani usando seus dotes de atriz para fazer uma intervenção onomatopéica na fala da amiga. “Eu nascendo e ela já bombando em Nova York”, disse Luana, 29 anos, logo em seguida. Pois é, a cena aconteceu, acreditem. Foi na quarta-feira à noite, na estréia da nova temporada do programa “Saia Justa”, do GNT. Quem viu, teve vontade de chorar. Mesmo. “Nhééééééé!”
Sei que abuso em linkar o NoMínimo, mas este texto do Marcelo Camacho não se pode perder. Nada contra Luana, é claro. Afinal, na mesma matéria, ainda ficamos sabendo que ela até anda se exercitando com os livros. Benzadeus.
Mas fico pensando no tamanho desserviço que Paulo Francis, Lucas Mendes e seus amigos prestaram a civilização tupiniquim. Afinal, o saudoso Manhattan Connection acabou lançando moda e agora a TV brasileira parece recheada de rodas de bate-papo solto entre célebres formadores-de-opinião. Repare, tem até no SBT.
O resultado é mais pernicioso para o futuro da Nação que qualquer cartilha do Ministro Gil. Lá dentro da telinha, um bando de gente num papo besta, inventando opinião e se fazendo de sabido, sem nenhuma pauta e muito menos informacão. Aqui fora, outro bando consumindo conversa-fiada travestida de verdade inexorável.
O pior é que a droga é forte, atrai e vicía numa piscadela. Só consigo escapar porque sofro da já afamada "vergonha alheia" - se vejo um sujeito ameaçar falar besteira, me constranjo e mudo de canal. Pena, porque com um pouco mais de frieza daria para me divertir um bocado.
É fato. Paulo Francis, quem diria, acabou no Irajá e se chama Galisteu. E agora todos dão bola para o que ele, ou melhor, ela fala. E que Deus proteja minha fé na democracia, porque tá difícil.
5 comentários:
Tá, legal.
O macarrão vai rolar na sexta-feira, ok? Certo?
Vamos mandar aqueles emails coletivos, para já ir combinando exatamente o que vamos comer e os horários.
Abs
Gravata
Vc está cada vez mais germânico, meu caro.
meda... muita meda...
beijos, viu?
Eu lamento tanto não ter tido idade para assistir ao Manhattan Conection com o Francis. Vi apenas uns melhores momentos num programa especial. Mas li alguns comentários dele sobre assuntos diversos neste site: http://hps.infolink.com.br/paulofrancis/. Há muita inteligência, bom humor. Politicamente incorreto, como convém. Mas vejo o programa aos domingos, pelo Mainardi. Vez ou outra ele achincalha o Chico Buarque ou Star Wars. Não que eu concorde, mas me divirto. O sujeito ao menos tem uma opinião. Quanto à Luana Piovani: she's pretty, mas que deselegância. A GNT, no geral, virou emissora para comadres.
E obrigado pelos elogios aos meus textos, rapaz. Repasso-os todos para os seus.
;]
Abraço!
Ludovico, é isso aí. Nem entro no mérito da qualidade do Manhattan. Mas, concorde-se ou não com as opiniões, uma coisa é ficar escutando o papo do Francis com o Lucas Mendes, outra coisa é ouvir a Hebe Camargo conversar com o Cacá Rosset, ou assitir aos VJs da MTV trocarem suas figurinhas. Abraço!
Naty, saudades menina. Vais estar em Sampa neste feriado? Beijocas...
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