quarta-feira, maio 11, 2005

Futibas



A imprensa esportiva brasileira pode reclamar o quanto quiser, mas tem nas mãos o futebol que merece.

Toda essa quizumba corintiana serviu para derrubar algumas últimas máscaras. A fachada de bom-senso resistiu pouco ao evidente bairrismo, soberba e limitação argumentativa da maioria dos comentaristas esportivos. Afinal, o que fazer após duas derrotas venais do time alvi-negro? É claro, pedir a cabeça do técnico. Principalmente se ele for argentino. Afinal “ele não conhece o futebol brasileiro” e dois meses de trabalho atestaram definitivamente sua incompetência.

Para aumentar o ridículo, se viu claramente que os mais exaltados na malhação do Judas eram aqueles jornalistas já auto-proclamados corintianos. Coisas da paixão. Mas poucos saíram ilesos da crucificação de Passarela.

As exceções são as de sempre – o Juca Kfouri, o Tostão e o Neto. A serenidade do primeiro, entretanto, explica-se: seu alvo pessoal é outro, o iraniano Kia. E Juca me irrita um pouco por sua panca de bom-mocismo.

Resumo da ópera – a) Kirchner tem razão em reclamar do umbiguismo brazuca; b) o melhor de nosso jornalismo esportivo resume-se a dois boleiros matutos.

3 comentários:

vivian disse...

adorei teu blog, posso linkar no meu?

André Alvarez disse...

Claro lila, obrigado.

Só espero que vc não seja um spam e eu esteja falando sozinho...

nenhum disse...

Acho que o Passarela é maior que o Corinthians. ; )