sexta-feira, maio 16, 2003



Divagações de uma mente preguiçosa - 2

Uma pessoa muito importante para mim um dia me disse que sou auto-indulgente. Fui procurar no dicionário - indulgente: 1. Pronto a perdoar; 2. Condescendente, complascente. E auto, até onde eu sei, quer dizer consigo próprio.

É, pode ser. Mas talvez preguiçoso seja uma palavra mais adequada. Sim, eu sou é preguiçoso. Porque ser auto-indulgente, não, isso exige prática e habilidade, ainda estou tentando chegar lá. Não consigo ser um desencanado, por mais que eu tente. No máximo sou um auto-indulgente com sentimento de culpa, uma classe ainda imperfeita. Por outro lado, estou treinando, e talvez todas aquelas minhas lamuriações dos posts anteriores sejam apenas tentativas de arranjar uma desculpa convincente para minha preguiça crônica. E, enfim, conseguir ser auto-indulgente de forma plena e competente.

Não quero mais desculpas, no entanto. Tento me convencer de que não são elas que estou procurando. Neste umbiguismo, o que quero é entender, ponto. E então desatar alguns nós que ficaram no caminho. Me livrar tanto das cobranças quanto das desculpas, soltar algumas das amarras que ainda existem.

Depois, é um passo para o Nirvana. Buda que se cuide.

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