quarta-feira, setembro 11, 2002



Havana, tempo que não vivi
Havana, saudade do que não vi

Havana, vermelha e amarela
do rosto preto, do peito em cor
Havana, da estrela e do azul
da idéia e da sina
Havana, da criança equilibrista
das ruas sem petróleo, dos prédios sem vidros
Havana, das ginastas artistas
do povo que ri, do velho que canta
Havana, que o mar te arrebenta

Havana, sozinha no mundo
Havana, perdida no tempo
Havana, a que resiste
Havana, se entrega

De um sonho que deixa um amargo na boca
Da liberdade criada, da dependência adquirida.
Do direito de ser pobre
e pura
feliz?
ela

Havana, que me obriga a ser piegas
Havana, que não me escapa da contradição


Desculpem, mas a culpa é do Win Wenders e do Ibrahim Ferrer.

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