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quarta-feira, fevereiro 12, 2003
Jabor recebe auta
No fim dos anos 70, o surgimento do Lula no ABC foi a única novidade progressista do país, a melhor crítica prática que a velha esquerda recebeu, depois de décadas de ilusões vagabundas. De repente, um operário inteligente descobriu o óbvio: que o delírio ideológico tinha de ser substituído por uma luta sindical de resultados. Lula ignorou intelectuais, carbonários e até pelegos getulistas, inaugurando um novo ângulo da realidade. E aí, intelectuais e acadêmicos ficaram deslumbrados: “Ahh... o operário chegou! Nosso Messias!”. Professores e professoras ficaram molhadinhos para “educar” o Lula: “Ahh... ele é primitivo, mas é domesticável para o marxismo”. As bonecas burras não entendiam que justamente o sentido prático, negocial, “de resultados” do Lula no ABC é que era o Novo
Depois de longo período, parece que Arnaldo Jabor conseguiu se recuperar do seu quadro intelectual neurótico-maníaco-depressivo. Sua última coluna está ótima, surpreendentemente coerente e equilibrada. Os paramédicos torcem para que não haja nenhuma recaída.
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